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quarta-feira, dezembro 22, 2004




Viagens - A Jaca



Certa vez, escrevi sobre uma engraçada - para quem lê - viagem de avião para o Recife. Antes desta, eu já havia percorrido o mesmo destino de ônibus. Uma viagem mais tranquila, você pensa. Nem tanto, digo eu.

Viajar de ônibus durante 44 horas nunca é tranquilo. Ainda mais saindo do Rio de Janeiro em um domingo de semifinal Flamengo x Vasco pelo campeonato carioca, e mais ainda quando se sabe que o ônibus vai partir no meio de um jogo onde o Flamengo está ganhando bem. Para um flamenguista é um suplício. Para mim, portanto, era um suplício.

Um grande amigo - grande amigo mesmo, porque é tão flamenguista quanto eu, e não estava vendo o jogo tanto como eu - me deixou na rodoviária. Eu consegui, após alguns minutos, encontrar o ônibus atrás das intermináveis caixas com vários presentes que as pessoas estavam levando para Pernambuco. Esta foi a primeira impressão da viagem: O nordestino é um povo extremamente solidário. Se fossem pessoas do Sul maravilha, levariam só uma lembrancinha e olhe lá.

Sair da rodoviária do Rio tem um início previsível: engarrafamento, calor - apesar do ar-condicionado do ônibus - e buzinas. Depois, Niterói, Macaé e Campos passaram pela janela de forma seguida. Primeira parada. Depois Espírito Santo. Vitória e São Mateus. Segunda e terceira paradas. A seguir, a interminável Bahia. Várias cidades, várias paradas. Ao chegarmos em Feira de Santana, já no fim da segunda noite de trajeto, quase madrugada, me surpreendo com a revelação do motorista: " - Daqui só saímos em comboio, porque dá muito assalto.". Gulp.

De Feira de Santana até o Recife seriam mais doze horas de viagem, aproximadamente. Aracaju, Maceió e - finalmente - Recife seriam as paradas. O que ninguém contava é que - além da insegurança reinante entre os passageiros por causa da declaração do motorista - um incauto abrisse uma jaca dentro de um ônibus com ar-condicionado. Você já sentiu o cheiro de jaca? É no mínimo forte. Imagine sentir o cheiro de jaca por doze horas. Vou reescrever isto. Imagine sentir o cheiro de jaca por DOZE horas? Agora consegui passar a carga dramática necessária.

Uma viagem desgastante e longa se torna insuportável com cheiro de jaca. Já não bastava o cheiro do banheiro do ônibus?! Qualquer viajante que se preze está preparado para aturar o cheiro do banheiro. Já o da jaca... Levantou-se a suspeita que o cheiro do banheiro foi amplificado pelos intestinos alimentados com a jaca. Depois de algum tempo, todos no veículo - inclusive o próprio "criminoso" - estavam enfastiados com o cheiro da dita cuja.

Passamos incólumes pelos assaltantes que agiam em Feira de Santana, mas ao sairmos do ônibus no Recife, ninguém mais estava aguentando sequer a palavra jaca, que dirá o cheiro. Sinceramente, entre o medo de avião e o cheiro da jaca, eu fico com o medo de avião.


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Este texto está sendo publicado mais cedo, devido a problemas técnicos. Como os jornais de domingo saem aos sábados, creio que posso também me sentir no direito de antecipar colunas



Conto depositado por Art at 12:04 AM








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Arthur Chrispin, 20 e poucos, Advogado feliz e contente, mas observador e amante da vida, músico, poeta e letrista por hobby, noivo, Capixaba de nascimento, Carioca de alma, Pernambucano por circunstância e amor. Feliz assim. Gosta de escrever contos, crônicas e o que der na telha. Sonha fazer 100 contos. Sabe que não valerão nada. Mas tem a cara de pau de publicá-los assim mesmo.


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