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sexta-feira, dezembro 10, 2004




Desconhecidos versus Famosos



Três atos, três estórias e três níveis de fama.

Nivel 1 - Quase desconhecido

Rolava um futebol descontraído no subúrbio do Rio de Janeiro, em uma quarta-feira do ano de 1995. Futebol no subúrbio quarta-feira é uma instituição quase sagrada que tem horário certo de começo e término. As mulheres cariocas sabem que não precisam se preocupar na quarta, pois seus pares estarão em casa antes das 22 h, para ver a jornada futebolística da TV Globo.

Pois bem, em um destes embates pela bola, houve uma dividida ríspida, a qual se seguiu este diálogo:

" - Meu irmão, quer quebrar a minha perna?"

" - Deixa de ser maricas, futebol é pra homem!"

" - Meu irmão, sabe quem eu sou? Sou Fábio Noronha, goleiro do Flamengo!"

" - Prazer, eu sou Alessandre, mas todos me conhecem como Girino. Agora que nos apresentamos, larga de ser mariquinha e joga que nem homem!"

Segue o jogo...

* * *


Nível 2 - Famoso

André e dois amigos estavam no Baixo Gávea dia desses de pré-carnaval, após o desfile do Monobloco¹. Em estado de sobriedade duvidoso, buscaram a aprazível região para tomar mais algum (ns) gole(s) de cerveja.

Enquanto os três procuravam o bar mais vazio - e mais barato - do local, surge a figura de Tânia Alves. Bela e esguia para sua já não tão tenra idade, Tânia desperta em André o desejo de revelar algo que há muito guardava para si.

" - Tânia Alves!"

" - Oi!"

" - Sou seu fã!!"

" - Ah é? Você tem meus discos?"

" - Não, eu tenho sua Playboy!!!"

Enquanto Tânia Alves ficou visivelmente ruborizada, os amigos de André - inconformados - não o perdoaram por ter esquecido de perguntar o mais importante: Quando a filha de Tânia posaria nua? Tudo bem. Menos de um ano depois, a filha dela posou nua. Coleções completas e paz reestabelecida.

* * *


Nível 3 - Mito

Um menino passeava pelo calçadão da praia. Tinha seus 15 anos. Um menino suburbano, que - crescido no Rio de Janeiro - nunca se importou com a presença de atores. Se considerava um carioca, e sendo um carioca, partia da teoria que se um escafandrista sentasse em um bar, o carioca continuaria indiferente². Mas como toda regra tem sua exceção, para ele só um artista o deixaria transtornado: Chico Buarque.

Naquele dia de semana, o menino míope foi à praia de óculos ao invés de lentes. Mergulhou no mar gelado do Arpoador³ e ao sair da água decidiu comprar um refrigerante - sem os óculos. Ao entrar na ciclovia, sentiu um tropeção sobre seu corpo, de um praticante de cooper. Quase ia soltando um palavrão, quando ouviu um singelo " - Desculpe", tomou um tapinha nas costas, e notou um par de olhos cor de ardósia.

Ao ver o par de olhos, ficou na dúvida se era seu ídolo máximo, uma vez que aquela cor de olhos era raríssima. Tentou observá-lo, fazendo inclusive aquele ridículo buraquinho com as mãos, como uma pequena luneta. Quando o homem do cooper estava a mais de 100 metros de distância, um amigo seu veio lhe falar:

" - Cara, o Chico Buarque tropeçou em você!!!"

Depois deste dia - e desse incidente inglório - o menino sempre contou esta estória aos conhecidos e amigos, ressaltando que tomou um tapinha nas costas do Chico Buarque. E nunca mais foi à praia sem lentes de contato.


_________

1 - Famoso bloco percussivo do Rio de Janeiro; 2 - frase incidental de Fernanda Montenegro; 3 - A melhor praia urbana do mundo




Conto depositado por Art at 1:34 AM








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Arthur Chrispin, 20 e poucos, Advogado feliz e contente, mas observador e amante da vida, músico, poeta e letrista por hobby, noivo, Capixaba de nascimento, Carioca de alma, Pernambucano por circunstância e amor. Feliz assim. Gosta de escrever contos, crônicas e o que der na telha. Sonha fazer 100 contos. Sabe que não valerão nada. Mas tem a cara de pau de publicá-los assim mesmo.


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