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segunda-feira, dezembro 13, 2004




Viagens - O Medo de Avião



Viajar é sempre uma coisa ótima, certo? Depende, diria eu. Principalmente se o eu em questão for um eu suburbano que havia mais de dez anos não viajava de avião. Aquele pedaço gigante de ferro que voa é difícil de controlar, imagino eu. Embora seja o segundo meio de transporte mais seguro do mundo - o primeiro é o elevador, acredite - me assusta o fato de que se o avião der defeito, ou se o comandante conchilar no manche - sem segundas intenções, por favor - não há para onde correr.

Após esta longa - porém necessária - introdução, sinto-me à vontade para tornar público o dia em que todos os meus medos - quase - se tornaram realidade.

Indo do Rio de Janeiro para o Recife, tudo se pronunciava a favor de um calmo vôo. Céu Azul, minha mulher ao lado, a vista da Baía de Guanabara e do Cristo Redentor, uma pequena e teimosa lágrima que caía malandra no lado esquerdo da face e a sensação de tchau estampada nos meus sentimentos.

Após duas horas de viagem, um suco de frutas - " - Este suco é natural? Não, nesta companhia de aviação o suco é sobrenatural" - e algumas seis revistas lidas, notei que ao invés do céu azul, o pedacinho de lata estava envolto por várias nuvens, e a janelinha estava molhada. " - Ops, chuva", pensei eu. Pensei certo, em parte.

Não era uma chuva, e sim um dilúvio. Se meu desespero tivesse tomado conta, estaria contando que vi Noé e um casal de rinocerontes me dando tchau da arca, mas como meu estado se manteve com um mínimo de dignidade, esta visão se torna apenas uma suspeita. Adicione-se a isto o fato de todos os amigos que viajaram para o Recife terem me advertido sobre a turbulência que balança os aviões nos arredores da capital pernambucana.

A turbulência se manifestou brilhantemente. Fiquei verde. Não somente verde. Como diria o Rei Roberto Carlos, verde, amarelo, azul e branco também. O avião não conseguia pousar nos Guararapes¹, eu não conseguia me mexer na cadeira e minha mulher não conseguia me acalmar. Combinação perfeita para um drama. O avião teve de arremeter três vezes e fazer a volta por João Pessoa em todas elas.

Com minha ignorância, não sabia o exato significado de arremeter, mas lembrava que, na maioria dos últimos acidentes aéreos, foi em uma arremetida que o avião se chocou contra algo. Eu só pensava duas coisas: A primeira, que eu não deveriar entrar em pânico; a segunda, que eu já estava em pânico.

Depois de mais de uma hora, o avião finalmente conseguiu pousar e eu finalmente entendi porque o Papa beijava o chão de todo lugar onde o avião dele pousava. Ele deve ter medo de avião. E falando em medo de avião, ao entrar no táxi adivinha qual música tocava? "Foi por medo de aviãaaaaaao"²...

________

¹ - Aeroporto da cidade do Recife; ² - Música de Belchior



Conto depositado por Art at 1:21 AM








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Arthur Chrispin, 20 e poucos, Advogado feliz e contente, mas observador e amante da vida, músico, poeta e letrista por hobby, noivo, Capixaba de nascimento, Carioca de alma, Pernambucano por circunstância e amor. Feliz assim. Gosta de escrever contos, crônicas e o que der na telha. Sonha fazer 100 contos. Sabe que não valerão nada. Mas tem a cara de pau de publicá-los assim mesmo.


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