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quarta-feira, novembro 24, 2004




Dogmas Cotidianos



Há coisas na vida cotidiana com as quais não adianta criar polêmica. São absolutas e não admitem debate. Cada pessoa tem seus próprios dogmas inatingíveis. Aqueles que não se conseguem compreender ou que se compreendem e se aceitam solenemente, tal e qual uma religião.

Por exemplo: Minha mulher escreve melhor do que eu. É fato. Não se discute e não é só isso. Ela cozinha, borda, fala inglês, tudo melhor que eu. Só não joga bola melhor do que eu porque não tentou, mas não duvido nada que se calçasse chuteiras seria meio-campo do time do Sport, aquele time rubro-negro pernambucano tão ruim como todos os rubro-negros do Brasil (como toda regra tem exceção, exclua-se o Atlético Paranaense).

O fato acima relatado é um dogma inexorável na minha vida. Ela simplesmente escreve muito bem, de forma lúdica. Algo que minha impureza e sarcasmo jamais deixariam que eu fizesse. E acho isso lindo, maravilhoso. Tem uma leveza no jeito de escrever, um colestrol léxico bom (você entendeu "colesterol léxico"? pois é, nem eu), ao contrário dos meus textos pesados, cheios de barrigas. Ela será uma escritora muito famosa e reconhecida um dia, como Jorge Amado foi. E eu ficarei relegado a Zélia Gattai. Pelo menos eu herdo a cadeira da ABL...

O fato relatado acima é um dogma meu que compreendo e aceito solenemente. Mas ainda há os incompreensíveis. Enigmas cotidianos de menor ou maior complexidade. Dentre os de menor complexidade estão aqueles do tipo: "Por que tudo junto se escreve separado e separado se escreve com tudo junto?", e coisas do tipo. Nos de maior complexidade, há fatos como: "Por que o lado do pão que contém manteiga sempre cai no chão?". Situações que simplesmente se aceitam, porque não se encontra explicação plausível. Quer dizer, se eu fosse professor de português encontraria a explicação sintática ou semântica da primeira indagação e se fosse físico ou matemático, encontraria a explicação da segunda. Mas não sou.

Sou praticamente igual a todo mundo, com algumas diferenças. Um ser que se sente fascinado pelo inexplicável e por tudo que é imoral, ilegal ou engorda. Criando alguns dogmas, derrubando outros. Ignorante em muitas coisas, consciente de tantas outras e muito pouco sábio. Adoro desvendar os enigmas cotidianos da sociedade, para encher a boca com a empáfia característica de todo filósofo beberrão, dizendo em alto e bom som: "EU sei porque isso acontece". Mas aquele lance da manteiga... eu ainda não consegui descobrir. Droga.



Conto depositado por Art at 6:20 AM








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Arthur Chrispin, 20 e poucos, Advogado feliz e contente, mas observador e amante da vida, músico, poeta e letrista por hobby, noivo, Capixaba de nascimento, Carioca de alma, Pernambucano por circunstância e amor. Feliz assim. Gosta de escrever contos, crônicas e o que der na telha. Sonha fazer 100 contos. Sabe que não valerão nada. Mas tem a cara de pau de publicá-los assim mesmo.


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